Magic: the Gathering

Deck Guide

Legacy: Boros Energy - Deck Tech e Guia de Sideboard

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De vez em quando, decks do Modern fazem a migração para o Legacy. Alguns são bem-sucedidos, enquanto outros têm uma vida mais conturbada. O Boros Energy dominou o Modern e agora tem mostrado a cara no nosso formato também. Vamos dar uma olhada!

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revisado por Tabata Marques

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Indice

  1. > Apresentação
  2. > Construção do Boros Energy no Legacy
  3. > Por Que Jogar com o Boros Energy no Legacy?
  4. > Mulligan
  5. > Construindo o Sideboard
  6. > Guia de Sideboard
    1. Dimir Reanimator
    2. Temur/Izzet Delver
    3. Eldrazi Aggro
    4. Red Stompy
    5. Painter
  7. > Conclusão

Apresentação

Saudações, meus amigos do Legacy! Hoje vamos importar um arquétipo de outro formato para o nosso!

Alguns meses atrás, no nosso grupo de discussão de colunistas aqui na CardsRealm (sim, temos um grupo!), nosso veterano e prolífico Romeu Humberto me fez uma pergunta para a qual eu não tinha resposta: o Boros Energy é tão dominante no Modern, por que ele não consegue fazer a transição para o Legacy? Há, claro, uma diferença de nível de poder entre os formatos, mas não é incomum que alguns decks surjam primeiro no Modern e acabem se destacando no Legacy, como o deck de Crashing Footfalls e, mais recentemente, o Orzhov Flicker, incorporado à base do Death and Taxes.

Pois bem, é capaz de termos infiltrados em nosso chat, porque recentemente, versões de Boros Energy começaram a postar resultados no Legacy e trouxeram uma resposta à pergunta do nosso estimado colunista e editor: era só uma questão de tempo.

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Construção do Boros Energy no Legacy

Não dá para negar o poder do deck no Modern, que levou diretamente ao banimento de Amped Raptor e foi o principal fator para que The One Ring fosse restringido também.

Além disso, o trio de Ajani, Nacatl Pariah, Ocelot Pride e Guide of Souls já apareceu em alguns decks do Legacy.

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Não é surpresa, então, que jogadores tenham tentado trazer essa receita para o formato. Eu, pessoalmente, percebi a presença do deck após enfrentar algumas listas em ligas no Magic Online, o que me fez lembrar da conversa com o Romeu. A lista apresentada fez top 8 em um Challenge 32 no Magic Online com o jogador potato_potato.

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Baseada nas três criaturas brancas de MH3, a versão Legacy conta com uma quarta criatura branca, de MH2, Esper Sentinel, além do banido no Modern Amped Raptor e da disruptiva Thalia, Guardian of Thraben como base de criaturas.

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Mas, já que é um deck Legacy, é importante ter cartas-chave do formato também: Broadside Bombardiers, que cumpre de forma turbinada a função de Goblin Bombardment (que o deck roda em uma cópia) no Modern, transformando seus Tokens em dano e eventualmente ativando o lado Planeswalker de Ajani, Nacatl Pariah; Swords to Plowshares, a melhor remoção do Magic; e Wasteland, sempre presente nos decks agressivos.

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Temos também uma exclusividade do Legacy, cortesia do Commander: o artefato Staff of the Storyteller, outra maneira de transformar seus Tokens em mais combustível.

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Completando o deck, temos algumas cópias simples de cartas para funções complementares: Galvanic Discharge é basicamente a 5ª Swords to Plowshares, Enduring Innocence oferece um jeito extra de recuperar cartas, Agate Instigator permite ao deck forçar dano mesmo contra mesas travadas, e Witch Enchanter, embora primariamente um terreno, pode salvar sua pele em alguns jogos.

Por Que Jogar com o Boros Energy no Legacy?

O Boros Energy parece ser um ótimo deck para jogadores do Modern que queiram testar as águas do Legacy. Para os padrões do formato, ele é relativamente budget – as únicas cartas da Reserved List, os três Plateau, podem ser substituídas por uma quantidade de Sacred Foundry ou terrenos básicos sem uma grande perda de qualidade, e a maioria do deck pode ser migrada do Modern para cá.

Como os resultados têm mostrado, embora não seja um deck do tier superior, ele pode competir bem.

Mulligan

Este não é um deck de combo e tem várias cartas redundantes, então, basicamente, o que você procura no Mulligan é apenas uma mistura razoável de terrenos e uma sequência de criaturas para jogar nos primeiros turnos.

Obviamente, algumas combinações, como Ajani, Nacatl Pariah no turno 2 seguido de um Broadside Bombardiers no turno 3, são fortes o suficiente para manter mãos sem jogadas no turno 1.

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Exemplos de mãos:

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Embora um pouco leve em terrenos, não dá para pedir muito mais de uma mão desse deck. Ocelot no turno 1 seguido de Ajani no turno 2 é uma abertura bem forte. Veredito: Keep.

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Se a mão acima era boa, esta é excelente – curva do turno 1 ao turno 3, com a Plains imune a Wasteland para garantir pelo menos os dois Felinos nos turnos iniciais. Veredito: Keep super tranquilo.

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Mesmo padrão das mãos anteriores – leve em terrenos, mas com bastante ação. É basicamente o que esse deck quer. Veredito: Keep.

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Muito reativa, sem ação nos primeiros turnos. Essa aqui não dá. Veredito: Mulligan instantâneo.

Construindo o Sideboard

Uma coisa sobre trazer listas de outros jogadores é que, por vezes, elas trazem escolhas com as quais eu discordo radicalmente. E uma tecla que eu sempre bato é sobre o uso de Leyline of the Void. Acredito que seja a melhor opção em um ambiente onde um deck como Oops, All Spells é relevante. Só que ela tem uma característica importante: se você for usá-la, use 4.

Fora da minha vida na Cards Realm, trabalho com estatísticas, e toda vez que vejo uma lista com 3 Leylines, sinto a dor em porcentagens! É uma carta morta fora da mão inicial, e não ter as 4 reduz suas chances significativamente. Ou seja, você está sabotando suas próprias chances ao não usar o número máximo. Para resumir em números, supondo mulligans até 5 cartas, um deck com 4 Leylines tem 39,95% de chance de ter uma na mão inicial e 78,35% de achá-la nas mãos de 7, 6 ou 5 cartas. Já com 3, a chance inicial é de 31,54%, e 67,92% se estiver disposto a mulligar até 5. São mais de 10% de diferença.

Em números mais simples, em 10 jogos, as 4 Leylines vão aparecer em quase 8, enquanto as 3 aparecem em apenas 7. Levando em conta o impacto que elas têm quando começam em jogo, é como se você estivesse disposto a entregar 1 jogo a cada 10 sempre que enfrentar um oponente com estratégia de cemitério. Reclamações à parte, vamos ver o resto do Sideboard.

Além das Leylines, ele tem Ghost Vacuum para enfrentar estratégias de cemitério. Temos Angel’s Grace e Deafening Silence para segurar decks de Combo – Grace é particularmente eficiente para colocar um freio nas interações de Thassa’s Oracle.

Temos Static Prison como resposta genérica contra criaturas e artefatos problemáticos como Chalice of the Void. Por falar em Chalice, Meltdown é uma bomba contra decks que usam esse artefato em combinação com Chrome Mox. Também é supereficiente contra Painter.

Fechando o Sideboard, temos aqui 2 Red Elemental Blasts porque azul ainda é uma cor permitida no formato.

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Guia de Sideboard

Dimir Reanimator

Não há muito como o deck responder às táticas de reanimação no game 1, mas é possível vencer a corrida contra uma Atraxa ou um Archon of Cruelty, seja eliminando a ameaça via Swords to Plowshares ou passando por cima com Broadside Bombardiers.

Thalia, Guardian of Thraben ajuda a atrasar as mágicas deles, mas tem um enorme alvo na testa contra Orcish Bowmasters.

Nos games seguintes, você traz seus hates de cemitério e Blasts para facilitar a vida.

Entra:

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Temur/Izzet Delver

Ocelot Pride e Guide of Souls ajudam a desbalancear a corrida pelos pontos de vida a seu favor, e Swords to Plowshares ajuda a lidar com a ameaça de Murktide Regent. O jogo acaba se tornando uma guerra de atrito, e felizmente o Energy tem ferramentas para gerar card advantage sem perder Tempo.

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Eldrazi Aggro

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Você tem o potencial de sobrecarregar a mesa com mais criaturas do que o oponente pode lidar, e Wasteland pode evitar que Eye of Ugin ganhe muita vantagem de mana. Não há muito além disso – seu objetivo é oferecer mais ameaça do que eles podem lidar.

Thalia não é muito útil, e Meltdown pode acertar um Chalice of the Void problemático e até mesmo levar junto um eventual Grim Monolith.

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Sai:

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Red Stompy

A estratégia aqui é parecida com a usada contra o Eldrazi, mas eles têm uma bomba em Fury e, ao contrário da ameaça incolor, Thalia é mais útil por causa de Chrome Mox e Fable of the Mirror-Breaker.

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Painter

Entre Swords to Plowshares, Galvanic Discharge e Broadside Bombardiers, você tem as ferramentas para atrapalhar o combo deles sem perder pressão. Wasteland ainda é excelente para lidar com Urza’s Saga.

Pós-side, algumas das cartas mais lentas dão espaço para bombas como Meltdown e Stony Silence.

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Conclusão

Decks brancos de criaturas têm sido uma constante no Legacy, e o Boros Energy oferece mais uma nova alternativa para o conceito. Como ainda é um deck recente, deve levar um tempo para ser refinado, mas parece ser um caminho interessante para jogadores do Modern interessados em um nível de poder maior.

Um abraço energético e até a próxima!

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