Introdução
Há algumas semanas Enigma, Ledger of Ancestry e Zen, Tamer of Purpose rotacionaram do Classic Constructed, levando consigo quase a coleção inteira de Part the Mistveil, mas eles não foram os únicos heróis que esperávamos que rotacionassem. Hoje trazemos mais um herói a atingir o status de Living Legend e uma situação preocupante que isso trouxe para o jogo. Vamos falar da situação de Aurora, Shooting Star.
Rápida como um relâmpago

Aurora, Shooting Star foi lançada em Rosetta, uma coleção ainda muito recente e fresca na memória dos jogadores. A coleção trouxe de volta dois talentos (Earth e Lightning) e duas classes (Runeblade e Wizard) com um foco arcano.

Enquanto os Wizards (Oscilio e Verdance) ainda permanecem bem tímidos no Classic Constructed, os Runeblades abalaram imediatamente o formato. Florian, Rotwood Harbinger tem uma proposta mais voltada ao Midrange com um excelente fim de jogo, mas ainda alguns heróis como Enigma, Ledger of Ancestry seguravam o herói. Mesmo assim, ele teve uma excelente estreia no formato.
Já Aurora foi uma estrela à parte. Apesar de Viserai, Rune Blood ser o melhor deck agressivo do formato, a heroína não estava atrás em poder de fogo. Sua consistência de ataques zero com poder quatro e a simplicidade em pilotar o deck a tornaram rapidamente uma das heroínas favoritas dos jogadores e extremamente popular.
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Em qualquer campeonato, independente do seu tamanho, a Runeblade estava lá com altas taxas de representatividade, e já em sua primeira temporada competitiva (o Pro Quest: London), juntamente com Enigma, foi a heroína que mais ganhou torneios.

Toda essa popularidade e poder também se converteu no Mundial de Osaka, sendo o deck agressivo mais utilizado.

Logo após o mundial, uma lista de banidas atingiu em cheio Dash I/O e Enigma, e, um tempo depois, The Hunted é lançada. Acreditava-se que Cindra, Dracai of Retribution seria o novo melhor deck agressivo do formato, mas esse sentimento durou pouco tempo. Viserai, Rune Blood estava em seu auge e dava seus últimos passos para atingir o status de Living Legend.
Quando Viserai atinge o status, estava claro para todos que Aurora era agora a melhor heroína do formato e assim seria até High Seas, porém a nova coleção ainda não chegou e a Runeblade atinge o status.

Mas afinal, o que fez Aurora ser tão forte desde o começo?
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Um deck sem fraquezas

Quando nos lembramos de heróis Living Legend, todos passavam a sensação de estratégias “injustas”. Zen causou um dos piores momentos do Classic Constructed, Bravo, Star of the Show (ou Starvo) foi o melhor (e mais forte) herói do Flesh and Blood, Chane foi o melhor deck agressivo da história do jogo e assim por diante, mas Aurora não passou por esse sentimento de “injustiça” e, mesmo assim, foi a segunda heroína a atingir o status mais rápido da história do jogo (perdendo somente para Starvo). Por que?
A heroína era não só extremamente flexível como também não possuía quase nenhuma fraqueza.

Contra decks agressivos, a heroína não só possuía um conjunto de equipamentos muito forte (com quase todos bloqueando pelo menos dois) como também abusava de Sigil of Suffering (1) ameaçando uma compra de Channel Lightning Valley. Além disso, Electromagnetic Somersault (1) possibilita bloquear até seis e retornar as Attack Actions para a mão. E quando Aurora precisava acelerar, Burn Up e Lightning Press (1) ajudavam muito a causar dano rápido.

Contra estratégias Midrange e/ou disruptivas, onde às vezes não era possível jogar a mão inteira todos os turnos, Aurora tinha a plena capacidade de jogar com mais calma. Utilizava Fyendal’s Spring Tunic para atacar com Star Fall “de graça” a cada três turnos. Além disso, alguns Attacks como Exude Confidence puniam decks com Defense Reactions e jogadas voltadas para valor eram muito recorrentes (bloqueando com duas cartas e retornando sete ou oito de dano). E nessa troca de valor, a Runeblade ganhava por conta do seu dano arcano, que era muito oneroso para o oponente no fim de jogo.
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E mesmo contra fadiga, o conjunto de Aether Ironweave com o Gold gerado pela Crown of Dominion fortalecia um combo com Arc Lightning e Flicker Wisp, fazendo com que cada Go again causasse 2 de dano arcano (além do dano físico dos próprios Attacks).
Com tantas frentes de combate, a popularidade e a consistência em seu deck fizeram de Aurora uma das melhores heroínas do formato desde seu começo, e sem heróis capazes de parar a Runeblade ou ferramentas que combatessem sua estratégia, ela acumulou pontos de maneira desenfreada.
Os problemas de sua rápida ascensão
Em geral, quando comentamos sobre a ascensão de um herói, apenas trazemos a consequência para o meta, mas não comentamos o que isso implica para produtos selados ou que tipo de cartas rotacionam junto com o herói. Mas desta vez, essa rápida ascensão trouxe algumas consequências negativas.

De volta em agosto do ano passado, fomos introduzidos a uma nova linha de produtos para novatos: os 1st Strike. Eram decks Blitz bem simples, com algumas cartas exclusivas que tinham como objetivo ensinar o jogo para novos jogadores. E essa linha apresenta dois heróis: Terra e Aurora.
Algum tempo depois, somos apresentados ao Armory Deck: Aurora. Apesar da estranheza de um pré-construído da heroína (já que ela não precisava de suporte), existia uma lógica para o novato: entrar no Flesh and Blood através do 1st Strike, migrar para o Armory Deck e, a partir dele, ir para o cenário competitivo.
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Aurora era a heroína dita como “a heroína dos novos jogadores”, assim como foi Ira, Crimson Haze há alguns anos. Essa rápida ascensão da heroína não só deixa os novos jogadores sem decks como também todos os produtos selados com Aurora obsoletos.
Ela ainda é válida no Blitz, mas sem uma ação, está trilhando o mesmo caminho que no Classic Constructed.

O que esperar daqui em diante?
Apesar de muitos jogadores comemorarem a ida da heroína do Classic Constructed, sua rápida ascensão traz uma situação negativa para o jogo: novatos com cartas que não podem ser utilizadas, uma migração de classe/herói mais difícil (uma vez que Aurora utilizava pouquíssimas cartas de Runeblade) e uma sensação de insegurança para montar novos decks.
No dia 19 de maio teremos uma nova lista de banimentos que promete mudar o meta atual. Florian, Rotwood Harbinger está muito livre e pode acabar tendo o mesmo destino de sua companheira de coleção, enquanto que no Blitz, a Runeblade (e Verdance) podem acabar tendo o mesmo destino que no Classic Constructed.
Ainda com High Seas a poucas semanas, podemos esperar mais mudanças no meta, mas isso só o tempo nos dirá.
Obrigado por ler até aqui e até a próxima!
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