Metagame: Os Destaques da Segunda Semana de Challenges de 2025

Estamos nos aproximando das prévias oficiais de Aetherdrift: a partir de 21 de janeiro, os jogadores de Magic terão seu primeiro contato visual com as novidades da primeira expansão do jogo para 2025, com temas em torno de veículos e equipes de duas cores em uma corrida interplanar.

Essas últimas semanas antes dos spoilers, entretanto, foram marcadas por uma dúzia de Challenges que solidificaram a posição de alguns arquétipos no cenário competitivo: no Standard, as listas de Bounce cresceram significativamente e agora são considerados por alguns como os melhores decks do formato, inclusive com discussões em torno da interação dos seus cards com Hopeless Nightmare - estratégia que, inclusive, começa a dar seus primeiros passos no Pioneer.

No lado dos formatos eternos, o Modern vive a constante relação de ascensão e queda do Boros Energy em cada torneio, com o Dimir Murktide assumindo aparentemente o posto de melhor deck do formato essa semana enquanto seu principal competidor adota novos cards para se adaptar ao novo formato, enquanto o Legacy ainda se adapta aos banimentos conforme a tríade de Delver, Reanimator e Mono Red Stompy permeiam a posição de principais competidores, mas os resultados no Top 8 dos eventos ainda demonstram ampla diversidade de arquétipos.

Confira abaixo os principais destaques dos Challenges dos dias 8 a 13 de janeiro!

Os decks de Bounce vieram para ficar. Da variante de Esper Pixie até as novas vertentes nas cores de Dimir, a combinação de Hopeless Nightmare e outros encantamentos com This Town Ain’t Big Enough tem dominado o Metagame e crescido a cada semana, com variantes novas e algumas atualizações nas mais antigas.

Dimir, por exemplo, tem começado a dar sinais de uma lista mais voltada para o Control, reaproveitando cards como Mazemind Tome como fontes de vantagem em cartas e Cryptic Coat como condição de vitória. Sem contar a interação de Thundertrap Trainer com This Town Ain’t Big Enough para gerar ainda mais valor em partidas mais longas.

As versões de Esper, por outro lado, retém quase a mesma essência de quando o arquétipo nasceu, com adições menos fora do seu tema, mas ainda essenciais como Defiled Crypt pelo seu combo com Fear of Isolation e Nurturing Pixie, que permite recorrer qualquer número deles do cemitério indefinidamente, ou Restless Anchorage nos terrenos para servir como ameaça complementar.

O que está claro, agora, é: se você joga Standard, você precisa de um bom plano contra Bounce. Wilt-Leaf Liege e Obstinate Baloth são dois cards eficientes contra Hopeless Nightmare enquanto há uma dúzia de efeitos de ETB que podem beneficiar o jogador por ter seus cards devolvidos para a mão, e começar a busca por eles deve trazer os melhores resultados.

No momento, o Selesnya Tokens é este deck, e retrabalha a lista repetidas vezes até encontrar a versão ideal para o atual Metagame, cheio de Hopeless Nightmare e This Town Ain’t Big Enough para todo canto, inclusive, ele teve a melhor taxa de vitórias contra Esper Pixie no Magic Spotlight Series de Atlanta e foi o terceiro arquétipo com maior taxa de vitórias no evento, o que é um bom indicador dele como resposta ao Standard pré-Aetherdrift.

Os decks de Bounce também chegaram ao Pioneer, e com uma roupagem já conhecida no formato!

Waste Not se beneficia bastante de um arquétipo capaz de reutilizar uma, ou mais cópias de Hopeless Nightmare por um custo muito baixo e consegue complementar o já famoso plano de jogo com Liliana of the Veil e Thoughtseize, além de Fatal Push como remoção barata e eficiente.

A surpresa deste fim de semana, no entanto, ficou para o Simic Oculus, uma lista de puro Tempo visando colocar Abhorrent Oculus em jogo o mais cedo possível com Neoform e protegê-lo com Essence Flux, Tyvar’s Stand e Stubborn Denial enquanto extrai valor do card turno após turno.

Esse é um arquétipo bem objetivo e sua estratégia é simples de entender e até de pilotar, mas ainda assim ele fez resultados impressionantes em dois Challenges e merece um pouco mais de atenção nos próximos eventos!

Outra novidade dos Challenges da segunda semana de janeiro foi essa lista de Boros Equipments que abdica de ir completamente para o plano de Hammer Time para tentar outra proposta envolvendo Leyline Axe, Thran Power Suit e Fervent Champion para ganhar jogos rapidamente enquanto aposta em cards como Adanto Vanguard e até Apostle of Purifying Light como criaturas que se protegem por conta própria para complementar seu plano de jogo.

Quase um mês já passou desde a última atualização de banidas e restritas que trouxe uma dúzia de mudanças para o Modern. Os primeiros resultados dos Challenges e outros eventos mostraram um formato em que o Boros Energy, principal alvo dos bans, ainda era o melhor e mais confiável deck para jogar torneios, e ele deve reter a posição como um dos principais competidores do Metagame por bastante tempo, mas o cenário do Modern hoje é bem mais diverso do que antes das intervenções.

Essa semana, por exemplo, Energy sofreu um declínio em comparação com as semanas anteriores. Talvez o formato esteja se adaptando a ele e, principalmente, outro arquétipo esteja ganhando forma a responder bem ao Boros Energy enquanto lida com a dúzia de estratégias injustas que cresceram com os desbanimentos.

O Dimir Murktide foi o deck com a maior representação nos Challenges de Modern da última semana. Talvez, o arquétipo esteja voltando ao seu posto de “regulador” do formato, onde tenta responder a tudo, tem um teto alto de aprendizagem e mantém um plano de jogo consistente que recompensa jogadores pelas suas decisões boas - e com o Metagame ficando mais sólido, o Dimir Murktide pode aprimorar suas escolhas de maindeck e Sideboard e seu jogador pode otimizar as suas jogadas com mais facilidade.

Boros Energy, entretanto, parece começar a se adaptar para jogar mais em torno de atrito agora que perdeu The One Ring para esse fim. Listas recentes, inclusive com bons resultados nos Challenges, optam agora pela combinação de Fable of the Mirror-Breaker e Showdown of the Skalds no maindeck para ter mais alcance, abdicando de Blood Moon - Big Mana também está em declínio - e de Seasoned Pyromancer apesar da sua interação com Phelia, Exuberant Shepherd.

Diversos outros arquétipos também tiveram seu espaço nos Challenges, inclusive Merfolks com uma lista padrão. Mas Overlord of the Balemurk continua se destacando nos Challenges, e agora parece em variantes distintas de arquétipos, comumente ao lado de Ephemerate em um deck que, em outros tempos, pareceria impossível de funcionar no Modern de 2025.

O Legacy permanece no mesmo estado que acompanhamos na semana passada, com um declínio de Eldrazi Stompy em favor da ascensão dos decks de Delver e Reanimator, que consequentemente mantém o Mono Red Stompy como um arquétipo em alta no atual Metagame.

Mudanças bruscas só devem acontecer no formato nas semanas após o lançamento de Aetherdrift, e apenas se a expansão trouxer alguns cards que sejam suficientemente relevantes para um dos ápices de nível de poder de Magic. Do contrário, só teremos novidades reais no Legacy quando algo forte o suficiente sair em alguma das seis expansões de Magic, ou quando torneios presenciais de larga escala saírem, onde poderemos mensurar o impacto dos decks de Nadu, Winged Wisdom na equação do Metagame.

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!