Magic: the Gathering

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Spoiler Destaque: Dark Confidant no Standard e Pioneer

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Dark Confidant deixou sua marca na história de Magic quando foi lançado em 2005. Agora, ele retorna em Final Fantasy, tornando-se válido no Standard e no Pioneer. Mas um dos pilares do Magic competitivo do passado ainda tem espaço no Metagame de hoje?

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rezensiert von Tabata Marques

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Inhaltsverzeichnis

  1. > Dark Confidant — Uma análise histórica
    1. Extraindo o máximo de Dark Confidant
  2. > Dark Confidant no Standard
  3. > Dark Confidant no Pioneer
  4. > Concluindo

Dark Confidant chegará ao Standard e Pioneer. Isso não é uma simulação — outra staple histórica de Magic está chegando aos formatos mais novos: Final Fantasy traz o primeiro reprint de um dos one-drops mais poderosos do jogo em uma coleção de Standard desde o seu lançamento original em 2005.

Confidente Sombrio
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Quinze anos se passaram. Desde então, o nível de poder de Magic: The Gathering cresceu consideravelmente e Bob, como era chamado, já não possui tanta relevância competitiva desde o power creep de Modern Horizons. E assim como Liliana of the Veil em Dominaria United, Confidant terá agora de passar pelo teste de fogo no Standard e no Pioneer, mas será que uma das maiores staples de todos os tempos ainda encontra lares nos formatos mais novos?

Dark Confidant — Uma análise histórica

Dark Confidant foi lançado originalmente em Ravnica: City of Guilds em 2005 e foi parte do programa Invitational, um torneio profissional onde o campeão podia participar do design de um card de Magic para expansões futuras, onde seu rosto seria imortalizado no card — Bob Maher foi a mente por trás de Dark Confidant, e por isso a criatura era comumente conhecida como Bob.

Assim como Umezawa’s Jitte no bloco anterior, Dark Confidant viu jogo em todos os formatos competitivos desde o seu lançamento, mas seu primeiro destaque foi no Extended, onde ele se transformou na principal fonte de vantagem em cartas do formato — fosse sozinho, ou pela interação com Sensei’s Divining Top que permitia manipular o topo e evitar o dano causado pela habilidade dele.

Com os anos, Bob se tornou uma staple de múltiplos formatos, mas seu maior impacto continuou sendo o Extended onde ele esteve presente em toda categoria de arquétipo que podemos imaginar, dos Aggros como Zoo até combos como Dark Depths, passando por listas de Control ou Tempo, como o CounterTop Goyf.

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Após a extinção do formato, Bob logo se tornou uma staple do arquétipo que substituiria o Extended, Modern. O card tornou-se um dos pilares do Jund e de outros arquétipos Magic Symbol BMagic Symbol GMagic Symbol X durante quase uma década, motivado pela mesma estrutura que o popularizou desde o começo: mágicas baratas permitem reduzir consideravelmente seu drawback em comparativo com a vantagem em cartas que ele oferece a cada turno por um valor de mana baixo.

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Dark Confidant permaneceu uma staple do Jund até o lançamento de Modern Horizons. Ali, o power creep que a expansão trouxe colocou sua posição em cheque, especialmente porque o arquétipo em que ele estava inserido ganhou um two-drop que não apenas tinha mais qualidades inerentes como também combatia todas as criaturas X/1 do formato: Wrenn and Six, e com Modern Horizons II trazendo Ragavan, Nimble Pilferer e os elementais com Evoke que tinham valores de mana alto, além de Orcish Bowmasters em Lord of the Rings como outro predador de criaturas X/1, Bob caiu no esquecimento.

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Hoje, ainda é possível encontrar Dark Confidant em algumas listas do Modern e do Legacy, mas dificilmente como um pilar ou como a staple que ele foi em outra década. Algumas listas de Jund voltaram a inserir cópias dele em algumas variantes após o banimento de Grief e Fury enquanto, no Legacy, Dark Depths ainda conta ele como sua principal fonte de vantagem em cartas nas versões Magic Symbol BMagic Symbol G.

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Extraindo o máximo de Dark Confidant

Dark Confidant é um daqueles cards que criam o “efeito bola-de-neve”: a cada turno em que ele fica em jogo, mais valor ele gera para seu controlador, comumente demandando respostas imediatas do oponente para não serem soterrados em vantagem em cartas.

Em tese, ele foi criado como uma alternativa para Phyrexian Arena, com a vantagem de custar menos e ter um drawback mais punitivo para decks que tradicionalmente queriam a Arena, mas acabou ganhando os holofotes porque era mais eficiente em custos se você respeitasse suas limitações ao invés de deixarem elas serem impostas a você. Tal qual outros cards, Bob foi um dos maiores motivadores para apostar em eficiência de mana.

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Para sua lista comportá-lo, são necessários alguns pré-requisitos para extrair o máximo dele.

  • A maioria do seu deck precisa estar entre os valores de mana um e três: jogar com cards demais de custo quatro ou maior significa aumentar as chances de perder o jogo para a habilidade dele, e nos formatos em que ele entrará agora, não existem cards como Sensei’s Divining Top para manipular o topo consistentemente.
  • Apesar do custo de mana baixo dos seus cards, você quer extrair valor de Dark Confidant todo turno: seja gerando draws extras no seu deck de combo, ampliando o fôlego do seu Aggro ou como um Midrange tradicional que faz trocas de um-por-um enquanto Bob repõe seus recursos, cada turno com ele em jogo precisa importar para o oponente.
  • Lidar com Bob precisa ser punido por não lidar com outros cards: um dos maiores problemas que Dark Confidant trazia nos jogos contra Jund era que trocar uma remoção por ele significava não lidar com um Tarmogoyf, Liliana of the Veil e Huntmaster of the Fells, ou virar sua mana para responder a poderia significar uma Vampire Hexmage com Dark Depths no turno seguinte — esse problema foi corrigido com Wrenn and Six e Orcish Bowmasters, e por isso Dark Confidant já não existe como competitivamente relevante no Modern.

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    Dark Confidant no Standard

    Parece loucura, mas o maior problema de Dark Confidant no Standard e no Pioneer é essencialmente o mesmo: esperar um turno. Se olharmos para os melhores decks hoje, muita coisa pode acontecer nesse intervalo: um Heartfire Hero pode estar te atacando com Manifold Mouse e Monstrous Rage, o oponente pode fazer uma Sunpearl Kirin na etapa final para jogar Kaito, Bane of Nightmares pelo Ninjutsu e ainda dar bounce numa Stormchaser’s Talent, ou já ter um Abhorrent Oculus em jogo criando um 2/2 na mesa no turno seguinte — É difícil que um único turno com Dark Confidant seja o suficiente para se recuperar dessas situações.

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    Mesmo que o oponente não tenha o início de jogo explosivo, Bob precisa de um arquétipo mais específico para funcionar contra o atual Metagame, e nenhuma das estratégias que o comportariam com facilidade o querem por motivos distintos. Orzhov Bounce, por exemplo, utiliza Temporary Lockdown e a combinação dele com Nurturing Pixie para reutilizar vários ETBs no mesmo turno em algumas partidas enquanto ele é um sweeper barato em outras, sem contar que a condição de vitória principal envolve Unholy Annex, que se revelado com Dark Confidant, causa oito de dano ao seu controlador.

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    Unholy Annex também é impeditivo para Dark Confidant nos Midranges mais tradicionais, onde a curva mais alta pode não ser um problema com outros cards como Sheoldred, the Apocalypse, mas oito de dano em um Metagame mais agressivo facilmente significa uma derrota — e entre uma criatura 2/1 que morre para Torch the Tower ou um encantamento que drena vida do oponente enquanto cria um 6/6 na mesa, é provável que esses arquétipos prefiram a segunda opção.

    Bob pode encontrar espaço nas listas Dimir, que não possuem Unholy Annex e jogam com uma base de cards com valor de mana mais baixo, apesar de normalmente ter oito drops de custo quatro entre Enduring Curiosity, Kaito, Bane of Nightmares e Sheoldred, the Apocalypse — outro desafio para ele nesses casos também envolve Preacher of the Schism, cujo corpo é mais relevante no atual Metagame porque desvia de Lightning Strike, Torch the Tower e Cut Down enquanto bloqueia bem e troca com qualquer criatura no combate.

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    Mas talvez o erro esteja em considerar Dark Confidant apenas para os decks Midrange. Listas de Aggro também o utilizaram no passado e costumam carregar a curva baixa necessária para extrair o máximo dele. Com outras criaturas com efeitos de dois-por-um baratas, ou um clock mais rápido, ele é capaz de gerar um fluxo constante de vantagem em cartas para seu controlador nunca perder o fôlego — enquanto o pacote de camundongos talvez não seja o lar ideal, outras versões de Aggro possam nascer das vantagens inerentes que Bob oferece.

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    Sem mencionar outros arquétipos com valor de mana baixo, e que se beneficiaram dele apenas por incluí-lo em suas listas. As variantes de Raise the Past, por exemplo, ganham muito com uma criatura de valor de mana dois que gera um draw extra todo turno sem qualquer condição adicional, e a perda de vida é fácil de contornar nessa lista.

    As recentes variantes de Insidious Roots também se encaixam nessa categoria, apesar de terem uma sinergia potencialmente ruim com Dark Confidant por conta de Overlord of the Balemurk, que apesar de comumente conjurado por duas manas, tem o valor total de cinco. Ainda assim, cards como Scavenging Ooze podem contornar a perda de vida da nova criatura sem dificuldades.

    Dark Confidant no Pioneer

    Todas as possibilidades mencionadas para Dark Confidant no Standard se aplicam de alguma maneira no Pioneer, mas aqui ele conta com alguns novos desafios e possibilidades.

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    A curva de mana do Pioneer pode ir muito mais baixo nos Midranges: exceto por Unholy Annex, o Rakdos, por exemplo, utiliza apenas Sheoldred, the Apocalypse e Fable of the Mirror-Breaker como cards com valor de mana maior do que dois, e a substituição entre Annex e Bob seria o caminho óbvio para quem deseja aproveitar o novo card — a dúvida é se vale a pena abdicar das interações de Annex com Mutavault para desencadear outra linha de vitória por apenas uma mana por turno.

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    Não podemos esquecer também dos decks de Sacrifice. Além de compensarem a perda de vida facilmente com Cauldron Familiar, esses possuem naturalmente uma curva de mana muito baixa com exceção de Ygra, Eater of All, que se resolver normalmente será para ganhar o jogo — além disso, Final Fantasy também traz Sephiroth, Fabled SOLDIER para o deck, que também compensa a perda de vida. Apesar de provavelmente não substituir Mayhem Devil, Sephiroth pode fazer muita diferença nas variantes Golgari.

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    Outras estratégias hoje nos Tiers menores podem aproveitar Dark Confidant de maneiras distintas: Waste Not é outro arquétipo que pode reduzir a curva de mana para comportar o card enquanto ainda aproveita Sheoldred, the Apocalypse e outros cards com valor de mana até quatro, enquanto Cori-Steel Cutter e uma curva de mana mais baixa com Soul-Scar Mage e Wizard’s Lightning ofereceria aberturas mais agressivas enquanto Dark Confidant repõe a mão do seu dono a cada turno.

    Bob também poderia funcionar no Humans, visto que compartilha do mesmo tipo de criatura e o arquétipo tende a naturalmente usar cards com valor de mana mais baixo, e poderia aproveitar ao máximo a mescla de interações de linhagem com uma fonte constante de vantagem em cartas no mesmo slot.

    Concluindo

    Dark Confidant é uma lenda de tempos passados, e o fato de termos dúvidas do seu potencial de jogo em 2025 mostra o quanto o Power Creep de Magic cresceu durante essa década. É um sinal de como, tal qual quando foi lançado em 2005, os tempos mudam. Cards excelentes perdem espaço, e a progressão natural de mecânicas complexas e habilidades empolgantes vai, aos poucos, deteriorando os pilares que outrora definiam a estrutura do que tornava um card bom ou até forte demais para o jogo.

    Bob, agora como um Asciano, tem potencial. Existem lugares onde ele pode funcionar, mas também há circunstâncias tanto no Standard quanto no Pioneer hoje que não se alinham ao seu favor — ele será, definitivamente, o primeiro card a ser ostensivamente testado quando Final Fantasy sair em 13 de junho, mas até lá, só podemos imaginar o que fazer com ele e relembrar os tempos onde um Dark Confidant na mesa significava ser o rei da vantagem em cartas.

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    Obrigado pela leitura!