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BGS 2023: Review de Demo - Like a Dragon Gaiden, Persona 5 Tactica e Prince of Persia

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No segundo dia da Brasil Game Show, testamos novos títulos nos estandes da SEGA e da Nintendo: Like a Dragon Gaiden, Persona 5 Tactica e Prince of Persia: The Lost Crown. Confira, neste artigo, nossa análise completa!

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によってレビュー Tabata Marques

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Dando continuidade à cobertura da Cards Realm na Brasil Game Show, evento que ocorre em São Paulo entre 11 e 15 de outubro, aproveitei a quinta-feira (12) para experimentar mais algumas demos de títulos com lançamento previsto entre o final de 2023 e o começo de 2024.

Hoje, temos mais um review de demos, dessa vez com Persona 5 Tactica e Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, que experimentamos no estande da SEGA, além de Prince of Persia: The Lost Crown, disponível no estande da Nintendo!

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Like a Dragon Gaiden - A falta de storytelling prejudica a experiência

Like a Dragon Gaiden entrega muito, mas inovou pouco na demo / Imagem: Xbox
Like a Dragon Gaiden entrega muito, mas inovou pouco na demo / Imagem: Xbox

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é outro jogo novo da franquia Yakuza, previsto para sair em 9 de novembro de 2023 para os consoles da marca PlayStation e Xbox, e também para PC. Sua trama ocorre entre os eventos de Yakuza 6: Song of Life e Like a Dragon: Infinite Wealth, e conta uma nova aventura de Kazuma Kyriu sob o disfarce de um agente secreto.

Diferente dos títulos onde Kasuga exerce o papel de protagonista, Like a Dragon Gaiden segue os moldes clássicos da série, sendo um jogo de ação ao invés de um RPG, onde Kazuma enfrenta diversos inimigos sozinho e utiliza combos e sequenciamentos para causar mais dano. Para fins práticos, há pouca inovação nos moldes de combate, exceto pelas habilidades que são ativadas quando o jogador segura algum dos quatro botões para ele utilizar algum dos seus novos recursos como agente secreto, como drones para perturbar os adversários, um chicote para derrubá-los, bombas para infligir dano e até propulsores nos sapatos para desviar ou avançar contra eles - é uma inovação simples, e se mescla bem com os princípios do combate.

Outros segmentos do jogo também seguem algumas fórmulas consolidadas. A região onde a demo se passa é composta de diversos minigames, de um coliseu e partidas de pôquer até simuladores de encontros - elementos já apresentados antes na franquia, e exala a sensação de 'mais do mesmo, com gráficos melhorados'.

A ausência notória da demo foi qualquer menção sobre a história. Talvez, o foco nessa região em detrimento de uma abordagem mais focada no enredo seja intencional e busque preservar o título final para o interlocutor, mas tornou da experiência um tanto descoordenada, e não me parece inteiramente atrativo para um novo jogador. Por outro lado, por se tratar de uma história paralela ocorrida entre três jogos principais, atrair um novo jogador para Like a Dragon Gaiden já soa como um desafio por si só.

O storytelling de Like a Dragon é um dos pontos fortes da Ryu Ga Gotoku Studio, e foram poucas as ocasiões onde a trama das suas obras não correspondessem às expectativas dos fãs. No entanto, com a ausência de qualquer menção do enredo fora algumas pequenas linhas de diálogo no começo, a demo de Like a Dragon Gaiden parece reutilizar vários elementos, enquanto não apresenta sustância o suficiente para se destacar tanto para novatos na franquia, quanto para os que a acompanham desde 2005.

NOTA 3.5/5

Persona 5 Tactica - Diferenciado, mas trama e direção artística não convencem

Persona 5 Tactica se diferencia no gameplay, mas história e direção artística não animam / Imagem: Steam
Persona 5 Tactica se diferencia no gameplay, mas história e direção artística não animam / Imagem: Steam

Persona 5 Tactica é outro spin-off de Persona 5, dessa vez com elementos de RPG tático para proporcionar uma experiência nova aos fãs. Logo de cara, a demo inicia um combate-tutorial, onde alguns dos fundamentos principais do título são apresentados, onde se destacam a importância do posicionamento para evitar danos de sniper, ou a possibilidade de ataques em conjunto se colocarmos os personagens em posições triangulares. As batalhas são em turnos: o jogador move e faz alguma ação com todas as suas unidades para, em seguida, as unidades do adversário realizarem seus movimentos. Há também metas, ou bônus, se concluímos o estágio antes de um determinado número de turnos.

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Ao explorarmos um pouco mais, encontramos pontos inerentes da série Persona, como a fraqueza ou resistência a certos tipos de ataques, ou o uso de magias elementais que, nesse título, possuem algumas propriedades específicas que causam alguma consequência ou mudança nas unidades inimigas. No geral, o conceito de usar paredes e barreiras demanda um pouco de tempo até que o jogador se acostume, mas é bastante recompensador.

Outro ponto alto é o sistema de habilidades: após cada batalha, recebemos esferas para aprimorar as mágicas das Personas de cada personagem, ou para aprender novas habilidades. Já o sistema de equipamentos, pelo menos na demo, segue o sentido oposto, limitando-se à troca de armas.

Por outro lado, para os fãs do título principal, a história da demo não parece empolgante, e o design artístico no estilo chibi de Persona 5 Tactica não é dos mais agradáveis visualmente. Os diálogos são divertidos e ainda capturam bem a essência dos personagens, mas a trama em si parece tediosa, os tropos e recursos narrativos utilizados soam como uma tentativa de esticar o universo de P5 para caber mais um jogo.

Persona 5 Tactica estará disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch e PC a partir de 17 de novembro, e à menos que você seja muito conectado ao universo da franquia, recomendo a leitura de reviews do título inteiro antes de comprá-lo.

NOTA: 3/5

Prince of Persia: The Lost Crown - Volta às origens, com novos desafios

Prince of Persia: The Lost Crown é o primeiro grande título da franquia da Ubisoft desde 2010, e estará disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series e PC em 15 de janeiro de 2024. O jogo de ação e aventura soa como uma volta às origens, com um estilo em 2D, onde o jogador explora cenários muito bem desenhados e coloridos, mas que respeitam as limitações que esse estilo traz nas gerações atuais.

Em momento algum da demo, a obra pareceu desejar ser mais do que ele é - seu desenvolvimento foi bem estruturado, suas regras são claras, e seu propósito de evocar a nostalgia enquanto redefine seus conceitos e moderniza a franquia para novos jogadores e jogadoras é perceptível. Esse, inclusive, é o destaque de The Lost Crown: compreender suas próprias regras e se projetar para ir além delas enquanto retém sua essência é um desafio no desenvolvimento de videogames, especialmente para uma franquia tão consolidada como Prince of Persia.

Seu sistema de combate também se destaca pela mistura de simplicidade com elementos mágicos que o tornam interessante. Sargon, protagonista da trama, é um guerreiro habilidoso, o que fica claro pela diversidade de potenciais com combos durante as batalhas. Além disso, o conceito de exploração e resolução de desafios para bem equilibrado para não entregar tudo ao jogador, enquanto também não se torna árduo ao ponto de ser cansativo.

Enquanto os seus aspectos de gameplay, gráficos e animação merecem notas altas, a falta de um headset ou audio no estande da Nintendo torna do review parcialmente incompleto, e não me permite dar uma nota máxima. No entanto, Prince of Persia: The Lost Crown é promissor, e merece um olhar mais aprofundado da comunidade após o seu lançamento, em janeiro.

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NOTA: 4.5/5

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

No contexto geral, o novo Prince of Persia me surpreendeu e apresenta diversas qualidades que o tornam um jogo para ficarmos de olho nos próximos meses. Like a Dragon Gaiden parece excelente para os fãs da franquia Yakuza, mas não garante muito para novos jogadores, enquanto Persona 5 Tactica, enquanto divertido, deixa a desejar no quesito artístico e de Storytelling.

Os próximos dias da Brasil Game Show contam com alguns nomes de peso da indústria moderna, e para os fãs de Final Fantasy, teremos a presença de Naoki Yoshida e Koji Fox, responsáveis respectivamente pela direção e localização de Final Fantasy XIV e Final Fantasy XVI.

Em caso de dúvidas ou sugestões, fique à vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!